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NUVENS VULCÂNICAS JÁ ATINGIRAM UNISTALDA

"As nuvens vulcânicas já atingiram o Município de Unistalda, na manhã desta terça-feira, provavelmente nada foi percebido pela chuva e pela alta nebulosidade que tomava o céu de Unistalda."

As cinzas emanadas pelo complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no Sul do Chile, foram transportadas milhares de quilômetros na atmosfera e se espalharam pela Argentina, alcançando também a Bolívia e o Paraguai durante a terça-feira. Correntes de vento forte entre 5 e 10 mil metros de altitude levaram, então, a pluma de cinzas para o Sul do Brasil. A nuvem vulcânica chegou ao Oeste do Rio Grande do Sul ainda no começo da manhã da terça e durante o dia se espelhou pela parte meridional do Brasil.

Imagens de um satélite internacional que é utilizado no monitoramento de atividade vulcânica, analisadas pela MetSul Meteorologia, mostravam a pluma de cinzas vulcânicas - em amarelo nas fotos - sobre o Oeste do Rio Grande do Sul durante a manhã da terça-feira (imagem da esquerda) e avançando pelo Sul do Brasil para Leste, do território gaúcho ao paranaense, no fim da tarde (imagem da direita), chegando à área de Porto Alegre.

A pluma de cinzas vulcânicas estava no fim da noite desta terça sobre o Leste do Sul do Brasil e se estendia por milhares de quilômetros, cruzando todo o Oceano Atlântico e chegando ao Sul da África do Sul. Nas próximas horas, a pluma que se origina ainda no Sul do Brasil no seu extremo Oeste pode atingir no seu extremo Leste o Oceano Índico, em um fenômeno insólito.


O meteorologista Luiz Fernando Nachtigall explica que a população gaúcha nada ou pouco percebeu da chegada da nuvem de cinzas devido ao céu tomado de nebulosidade. Em Pelotas, contudo, o tempo mais aberto no fim da tarde da terça permitiu se observar um entardecer com maior contraste de cores no céu, possivelmente em razão de presença de partículas vulcânicas em suspensão na atmosfera. Imagens de satélite mostravam que a pluma de cinzas encontrava-se na região no fim da tarde da terça.

A MetSul não descarta que partículas da pluma vulcânica tenham se precipitado junto com a chuva que cai em algumas cidades do RS. “Não será surpresa se durante esta quarta ouvirmos depoimentos de pessoas que encontraram seus carros com aspecto sujo ou com uma espécie de fuligem na carroceria” disse.

Foi o que ocorreu no Sudoeste do Paraná na terça, onde registrou-se tênue precipitação de partículas vulcânicas misturada à chuva e que ficou evidente após a carroceria dos veículos secarem, expondo as cinzas. Pequena quantidade de poeira de cor acinzentada foi percebida sobre automóveis em cidades como Foz do Iguaçu e Toledo.

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