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MEC pode aplicar outro Enem para prejudicados por erro em prova

O Ministério da Educação (MEC) pode aplicar outro exame do Enem para candidatos prejudicados no sábado pelo erro de montagem no caderno de prova amarelo. Essa é uma das possibilidades contempladas na promessa do MEC de analisar 'caso a caso' queixas de estudantes, mas só será adotada em última hipótese.
Pelo balanço oficial, cerca de 20 mil alunos receberam cadernos com problemas, mas a maioria conseguiu trocá-los. Dessa forma, a estimativa é de que o número de candidatos com direito à nova prova seja bem inferior, de aproximadamente 2 mil.
Como é de praxe em vestibulares, os fiscais têm um estoque de segurança para repor exames com problemas. No caso do Enem, essa margem era de 10%, do total de provas impressas. Havia ainda a possibilidade de recorrer aos cadernos dos alunos que deixaram de fazer o Enem no sábado (cerca de 27% do total de 4,6 milhões de inscritos).
A confusão aconteceu porque, para evitar cola no local dos exames, o Enem tem quatro versões do caderno de prova: amarelo, azul, rosa e branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do caderno de prova amarelo estavam misturadas a folhas da prova branca. Com isso, estudantes se depararam com textos repetidos ou questões ausentes. Somando os dois fatores, vestibulandos como Henrique Reis, de Belo Horizonte, por exemplo, identificaram problemas em 31 das 90 questões do exame.
Estudantes que fizeram a prova no sábado enfrentaram outro tipo de problema, a inversão do cabeçalho do cartão-resposta entregue a todos os candidatos. Embora o número das 90 questões no caderno de prova e no cartão coincidissem, havia discrepância no cabeçalho do gabarito. As 45 questões de Ciências Humanas estavam sob a tarja Ciências da Natureza e vice-versa.
O Inep afirmou que avisou fiscais para orientar os alunos. Mas a imprensa divulgou vários casos de estudantes que não foram alertados sobre o erro ou então só receberam o aviso horas depois do início da prova. Muitos deles afirmaram que se confundiram ou não tiveram tempo de fazer a marcação correta. O MEC admitiu que vários estudantes podem ter sido prejudicados e prometeu abrir espaço no seu site para receber queixas de candidatos, que serão analisadas caso a caso.

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