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O Samu ainda não deslanchou

Mais de dois meses depois de receberem ambulâncias do governo estadual, nenhuma das 14 cidades da região implantou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A chegada dos veículos, que seria a solução para atender e transportar pacientes de urgência e emergência, virou dor-de-cabeça para a maioria das prefeituras, que precisam equipá-los e contratar profissionais. Para muitos secretários de Saúde, o futuro é preocupante. O programa deverá ser mantido com repasses da União (R$ 12 mil), do Estado (R$ 6,5 mil) e de municípios (valor equivalente ao restante dos gastos).

Atualmente, as ambulâncias estão paradas, e as administrações se organizam para fazer o Samu funcionar. Das 14 cidades, quatro já compraram os equipamentos, oito estão em processo de compra, uma vai terceirizar o serviço, e uma não deu retorno ao Diário (veja quadro). A maior dificuldade continua sendo a contratação de profissionais.
Santa Maria está no grupo dos retardatários. A Secretaria de Saúde sabe quantos profissionais serão necessários, mas não bateu o martelo na contratação. A base do atendimento deverá ser o Pronto-Atendimento Municipal, no bairro Patronato. Mas o lugar ainda pode ser mudado.
Funcionamento – A maioria dos gestores concorda sobre a importância do programa, mas diz que o freio de mão puxado é decorrente da falta de garantias do governo estadual.
– É como ganhar uma Ferrari e não ter como pagar o IPVA. Os municípios terão de pagar a conta? – questiona Jorge Luiz Cremonese, secretário de Saúde de Restinga Seca.
– Se o governo não mandar o dinheiro, fechamos o serviço no outro dia – completa o secretário de Saúde de São Gabriel, Paulo Forgiarini.
A Secretaria Estadual da Saúde garante que o repasse será feito logo após o serviço começar.

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